Acredito que a palavra-chave para a formação do leitor hoje é liberdade, e é nela que todo o nosso trabalho está pautado. Com qualquer livro de literatura infantil o trabalho é o mesmo:
- Ler para despertar a curiosidade
- Ler para provocar novas leituras
- Ler para incentivar a crítica acerca dos textos que são apresentados (se vale a pena ou não serem lidos)
- NUNCA ler para escrever.
A literatura infantil moderna, feita para crianças pré-escolares, basicamente caracteriza-se por textos simples, diretos, sem muito detalhamento da trama ou personagens, e, portanto, são interessantes para serem usados no início do processo de construção do hábito de leitura, uma vez que são histórias rápidas e fáceis de serem lidas. Entretanto, a sequência desse trabalho precisa seguir rumo às histórias mais ricas em enredo, vocabulário e personagens, tais como os contos de fadas, que povoam de ideias o imaginário infantil.
A formação do leitor, hoje, precisa passar primeiro pelo despertar para o tipo de prazer que a leitura proporciona, sem querer concorrer com a televisão, internet ou jogos eletrônicos. Ler permite a construção de um mundo imaginário individual, onde personagens e cenários podem ser criados de acordo com o gosto de cada um, o que com certeza é bastante diferente das cenas já imaginadas por outros que a TV ou o videogame apresentam. A leitura precisa ser natural, espontânea, tranquila em seu despertar, para que possa aos poucos ir se solidificando e ganhando espaço na vida das crianças.
A escola precisa assumir o seu papel de formadora, de construtora de leitores, não para explorar suas disciplinas através da leitura (isso acontecerá naturalmente depois), mas para abrir as portas do mundo através dela.
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